EconomiAberta

09 agosto 2005

Os serviços dos bancos

Segunda-feira tive de ir a uma agência de um banco, o que raramente acontece.
Hora de almoço. Pequena agência. Cinco a seis pessoas na fila. Uma pessoa a atender.
De repente surge uma segunda funcionária para explicar aos clientes como devem usar a máquina de depósito de cheques ou dinheiro. Quase todos tinham cheques. Experimenta... A máquina estava bloqueada.

Esperava eu que se sentasse então ao balcão para ajudar a colega. Não. Entrou para um gabinete. E lá ficámos à espera. À minha conta foram 25 minutos. Ainda perguntei se não podiam ter mais ninguém a atender. Não, foi a resposta. Ok. Lá fiz uma reclamação por escrito.
O corte nos custos revela-se na sua pior forma, na degradação dos serviços.
O problema generaliza-se. Nos bancos, nos correios... Espera-se e espera-se. Pensar que o que vendem é qualidade de serviço é pura ilusão. E a concorrência não está a resolver o problema, pelo menos na banca.

Percebe-se que a ideia é forçar os clientes a usar a Net e as máquinas... para reduzir custos. Mas será assim que se faz?

Há tempos, na Amazon, tive de comprar um livro em segunda mão. O fornecedor era dos EUA. Ao mesmo tempo comprei outros na Amazon. O que veio dos EUA chegou nem 15 dias depois. O mail que me enviaram era pessoal, agradeci, pedi factura... Tudo correu bem. Na Amazon foi bastante mais caótico. Os livros perderam-se, tive de andar pelos mails do site... tudo muito pouco amigável. Enfim chegaram, quase dois meses depois.

Os mais recentes estudos dizem que é nos sectores financeiro e na distribuição - grossista e retalhista - que estão as razões do abrandamento da produtividade da União, na segunda metade dos anos 90, quando se compara com os EUA. Sentimos isso no quotidiano.