Um país em ficção
Era uma vez um país, num mundo distante, onde o poder era decidido pelo voto dos cidadãos em grupos a que chamavam partidos. Os partidos convenciam os eleitores com festas e engalanando as cidades. Quem ascendesse ao poder podia tomar decisões sobre negócios de milhões e arranjar empregos. E alargar ainda mais o seu poder sobre as mais pequenas decisões da vida urbana. Podia, se quisesse, decretar que era preciso autorização governamental para mudar de casa ou de carro.
Os partidos estavam proibidos de pedir dinheiro aos cidadãos e às empresas para pagar as suas festas.
As empresas e muitos cidadãos desse país sabiam que a sua vida dependia das decisões de quem estivesse no poder. E sabiam que os grupos não tinham dinheiro para fazer as festas e engalanar as cidades. Os partidos sabiam que as suas decisões poderiam ser determinantes para o progresso ou a morte de uma empresa. Estava criado o mercado da Decisão, com oferta, procura e preço. Com um pequeno problema, a lei não autorizava. Existia aqui um risco.
Mas quem faz a lei? Quem influencia a sua aplicação? Nesse pequeno país a investigação dos crimes dependia de quem estivesse no poder. Mas o risco continuava a existir. Um ou outro funcionário mais diligente podia sair do controlo de quem estava no poder. Muito bem. Há esse problema. Empresas e partidários fizeram contas. Quanto se perde se a ilegalidade for descoberta? Quanto se ganha se não for detectada? Os ganhos são superiores às perdas. Avancemos. Se há um risco soma-se ao preço um prémio de risco.
O mercado está formado. Bolsa de Decisão. Com riscos, como todas as bolsas. Mas obviamente todos os que tinham algum grande negócio tentavam participar nela. Quem não entrasse no mercado corria um sério risco de sobrevivência, seria irracional. Ou não teria “sensibilidade política”.
Os partidos estavam proibidos de pedir dinheiro aos cidadãos e às empresas para pagar as suas festas.
As empresas e muitos cidadãos desse país sabiam que a sua vida dependia das decisões de quem estivesse no poder. E sabiam que os grupos não tinham dinheiro para fazer as festas e engalanar as cidades. Os partidos sabiam que as suas decisões poderiam ser determinantes para o progresso ou a morte de uma empresa. Estava criado o mercado da Decisão, com oferta, procura e preço. Com um pequeno problema, a lei não autorizava. Existia aqui um risco.
Mas quem faz a lei? Quem influencia a sua aplicação? Nesse pequeno país a investigação dos crimes dependia de quem estivesse no poder. Mas o risco continuava a existir. Um ou outro funcionário mais diligente podia sair do controlo de quem estava no poder. Muito bem. Há esse problema. Empresas e partidários fizeram contas. Quanto se perde se a ilegalidade for descoberta? Quanto se ganha se não for detectada? Os ganhos são superiores às perdas. Avancemos. Se há um risco soma-se ao preço um prémio de risco.
O mercado está formado. Bolsa de Decisão. Com riscos, como todas as bolsas. Mas obviamente todos os que tinham algum grande negócio tentavam participar nela. Quem não entrasse no mercado corria um sério risco de sobrevivência, seria irracional. Ou não teria “sensibilidade política”.
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