Estatísticas e desemprego
A controvérsia sobre os números do desemprego trouxeram-me à memória o famoso livro das mentiras com estatísticas que não sei por onde anda mas que se pode ver aqui. Todos têm, de facto, razão. O desemprego aumenta se compararmos o segundo trimestre deste ano com o primeiro de 2004. A taxa de desemprego passou de 6,3% da população activa para 7,2% e o número de desempregados subiu 15%. O desemprego diminui se compararmos o segundo trimestre de 2005 com o primeiro. A taxa cai de 7,5% para 7,2% e o número de desempregados reduz-se em 3,2%. Está tudo aqui
O problema é saber qual a tendência. Será que existe alguma tendência para o desemprego se reduzir? Não parece. As contas trimestrais revelam que a actividade económica não dá sinais de reanimação. Desde o quarto trimestre do ano passado que a economia está a crescer abaixo de 1%, parecendo estar de novo a afundar-se depois dos sinais de retoma dados nos últimos meses de 2003. O passado diz que a economia começa a criar emprego dois a três trimestres depois de crescer a um ritmo da ordem dos 2,5%.
Os números são tudo menos animadores. O Valor Acrescentado na Construção está a cair consecutivamete desde o segundo trimestre de 2002. Este sector estava com um peso excessivo e podemos estar a assistir a uma correcção e não apenas a uma queda conjuntural. E a indústria, depois de ter ensaiado uma retoma no terceiro trimestre de 2003, está agora a ver a sua produção (valor acrescentado) diminuir desde o terceiro trimestre de 2004.
Não há sinais de retoma e a subida do preço do petróleo apenas reforça essa perspectiva pouco animadora. O que torna os objectivos para o défice do Orçamento do Estado para 2006 complicados.
A recuperação acentuada da economia europeia é o que se pode desejar para tornar um pouco menos difícil este reajustamento da economia portuguesa. As políticas de iniciativa governamental pouco podem fazer além de evitar que o futuro seja ainda pior, se caírem na tentação de usar o Orçamento para dar alento à economia. Não fazer asneiras é a melhor política sempre. Mas tem especial valor nesta altura.
O problema é saber qual a tendência. Será que existe alguma tendência para o desemprego se reduzir? Não parece. As contas trimestrais revelam que a actividade económica não dá sinais de reanimação. Desde o quarto trimestre do ano passado que a economia está a crescer abaixo de 1%, parecendo estar de novo a afundar-se depois dos sinais de retoma dados nos últimos meses de 2003. O passado diz que a economia começa a criar emprego dois a três trimestres depois de crescer a um ritmo da ordem dos 2,5%.
Os números são tudo menos animadores. O Valor Acrescentado na Construção está a cair consecutivamete desde o segundo trimestre de 2002. Este sector estava com um peso excessivo e podemos estar a assistir a uma correcção e não apenas a uma queda conjuntural. E a indústria, depois de ter ensaiado uma retoma no terceiro trimestre de 2003, está agora a ver a sua produção (valor acrescentado) diminuir desde o terceiro trimestre de 2004.
Não há sinais de retoma e a subida do preço do petróleo apenas reforça essa perspectiva pouco animadora. O que torna os objectivos para o défice do Orçamento do Estado para 2006 complicados.
A recuperação acentuada da economia europeia é o que se pode desejar para tornar um pouco menos difícil este reajustamento da economia portuguesa. As políticas de iniciativa governamental pouco podem fazer além de evitar que o futuro seja ainda pior, se caírem na tentação de usar o Orçamento para dar alento à economia. Não fazer asneiras é a melhor política sempre. Mas tem especial valor nesta altura.