As taxas de juro...

Há dois ou três anos apanhei um susto quando descobri que alunos da Faculdade, adultos e já com crédito à habitação - é verdade que não eram de economia - não sabiam que as taxas de juro podiam subir. Hoje talvez a informação esteja mais generalizada.

Mas continuamos com pouca informação institucional pedagógica.

O que vai fazer o BCE ninguém verdadeiramente pode antecipar. Para já, pela queda das Euribor após as declarações do seu presidente Jean Claude Trichet, parece que o mercado esperava um agravamento mais rápido.

Espera-se ainda que esta subida não tenha sido um erro. Os ortodoxos já se enganaram no passado quando defenderam que a crise nos EUA, desencadeada pela queda da bolsa em 2000, não afectaria a economia da área do euro. Vieram depois a reconhecer que não era assim e tiveram de ir atrás da Reserva Federal baixando as taxas. De facto, a área do euro é uma economia relativamente fechada mas a sua maior economia, a Alemanha, é bastante aberta.
O problema das médias.

Para Portugal é o costume. O nível das taxas em 1999 era demasiado baixo para o que precisávamos. E ninguém se deu ao trabalho de contrariar isso com outras políticas ao alcance das autoridades nacionais, como os impostos ou os salários da função pública.

Neste momento as taxas podem vir a ser demasiado altas face atá à orientaão contraccionista da política orçamental. Temos algumas políticas em mãos nacionais... na teoria.